março 16, 2008

POUPAR É BOM.


O brasileiro não tem costume de poupar e isso é cultural. Em primeiro lugar, o brasileiro nem sabe que perde oportunidades a toda hora pois não tem poupança. Chegam as liquidações e ele pensa que não tem dinheiro e por isso vai perdê-las. Veja: ele não pensa "não tenho poupança".


Ensino da poupança na infância
Em nossa infância, fase de assimilar os conceitos importantes para a vida, só aprendemos - e mesmo isso, por osmose, e não por ensinamento metódico - que o dinheiro vem e sai. Conta de mais e de menos. Não existe conta de acumulação. Raramente ouvimos um pai contar que seu filho já acumulou tantos reais desde o ano passado. Isso não existe. E se for contado, parte dos parentes pensará que o menino pode ser acionado em caso de necessidade, e a outra parte pensará que logo logo o menino vai gastar tudo.

Já quando o pequeno atinge seus 16 anos e consegue um primeiro emprego, mesmo que seja como estagiário, logo dirão: "Ah! ele foi contratado e ganha tanto..!". É o ganho que se vê. Depois de alguns meses, outra macarronada de domingo e o comentário sai: "Meu filho conseguiu aquele emprego, mas gasta tudo que ganha. Não sobrou nada para comprar o presente do dia das mães..". Viram só? Gastar é a segunda observação.

Campanha pela poupança
O prestígio popular que o atual governo tem poderia fazer com que ele estimulasse o brasileiro a poupar. Só de ouvir o presidente falando com aquela linguagem chula dele, sobre poupança, o brasileiro já iria começar a poupar. Pelo menos sairia deste governo, nas próximas eleições, tendo feito algo realmente que mudasse a estrutura do nosso país. É uma pena, pois ele é celebrado como era padre cícero e outros similares. Seria um grande serviço à nação.

Neste momento, em que há uma estabilidade na economia e uma confiança no governo, isso seria muito importante. Os problemas da economia americana, tão fortemente atrelada à nossa, seguramente terão efeitos progressivamente mais drásticos em nossa economia a partir de outubro de 2008. Somente um povo com uma certa poupança poderia enfrentar o que vem pela frente com mais tranquilidade. Tomara que algum assessor do presidente lhe mostre isso. Uma campanha pela poupança ajudaria inclusive a afastar o que o presidente chama de "doença desgraçada", ou seja, a inflação. O país está prontinho para poupar. Será que alguém vai assoprar isso nos ouvidos ambiciosos dos políticos?

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