novembro 25, 2008

Alteridade: a sombra ou o desafio do Outro.


Quando somos gerados, estamos em profunda sintonia com o ser que nos aninha. Ali temos o alimento, o calor, enfim, tudo de que precisamos. Ao nascer, nos damos conta do espaço e do tempo e, aos poucos, do Outro. Que, primeiro, é a mãe, e depois, o pai, irmão e outros até que, crescendo, começamos a interagir com a alteridade em sua plena expressão social.

Aprendemos a convivência, mas também aprendemos a competição, a comparação, e tantas outras emoções e conceitos. O século XX nos trouxe a raiva, a concorrência, a agressividade à flor da pele, o confronto. O século XXI, contudo, está trazendo conceitos importantes e novos que põem uma outra perspectiva à questão da alteridade.

O outro está aí como parte do mundo. É algo que está integrado a UM SER único, do qual você também faz parte. Coisas que você estranha no outro são também parte de você. Aliás, se não é uma parte de você, nem reconhecerá. O outro é parte do colorido do mundo. Por isso, hoje, cada vez mais silenciamos. Há pouco a dizer, criticar, inquirir, quando nos damos conta de que o outro e nós próprios somos apenas um.